No organismo humano, existem três elementos fundamentais para a produção da energia necessária para as atividades que realizamos: carboidratos, gorduras e fosfocreatina.
Durante o exercício físico, seu consumo varia de acordo com alguns fatores, sendo os principais a intensidade e a duração do exercício, além da disponibilidade de determinado substrato.
A lógica do exercício aeróbio em jejum é privar o organismo principalmente de carboidratos, fazendo com que as gorduras - que se encontram armazenadas em grandes quantidades no tecido adiposo - sejam o substrato predominante.
Isso realmente faz com que, pela abundância, a taxa de oxidação dos ácidos graxos (gorduras) se torne maior do que seria em condições normais.
Entretanto, a quebra de gorduras para a produção de energia é um processo relativamente lento, pois estas formam cadeias bastante longas de carbono e de hidrogênio - ao contrário dos carboidratos, que são cadeias mais curtas e de quebra mais rápida.
Isso faz com que a produção energética seja mais lenta. Assim, a escassez de carboidratos na corrente sanguínea provoca hipoglicemia e reduz a tolerância ao exercício.
Desta forma, embora haja percentualmente uma predominância da quebra de gorduras em relação aos demais substratos, a duração do exercício acaba sendo reduzida, promovendo um menor gasto calórico absoluto.
Por esta razão, a grande maioria dos estudos demonstra que o exercício aeróbio em jejum não possui superioridade em relação aos treinos no estado alimentado, já que o gasto calórico total acaba sendo menor.